quinta-feira, 10 de maio de 2012

O NAPS no trabalho da dependência química


A Psicopedagogia atua de forma preventiva e terapêutica, posiciona-se para compreender os processos do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias áreas e estratégias pedagógicas, objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir nos processos de transmissão e apropriação dos conhecimentos (possíveis dificuldades e transtornos), o papel  do Psicopedagogo é o de ser mediador em todo esse movimento. Se for além da  junção dos conhecimentos da Psicopedagogia e da Pedagogia, o Psicopedagogo pode atuar em diferentes campos de ação, situando-se tanto na saúde como na educação, já que seu fazer visa compreender as variadas dimensões da aprendizagem humana.

                O Psicopedagogo deve ser consciente da importância de sua capacitação, para saber lidar com as dificuldades  encontradas no decorrer de sua ação . De posse deste conhecimento, Nesta ação deve ser abordada a questão das sequelas do uso e abuso das drogas, deixadas no dependente químico, que mesmo em abstinência, deixarão seus efeitos por resto da vida. São muitas as influências negativas deixadas pelo uso das drogas na vida dos jovens e dos adolescentes e adultos, fazer seu diagnóstico e  realizar a Intervenção  através de jogos, auxiliando  o dependente químico no processo de reabilitação, já que este possibilita que o indivíduo vivencie de maneira lúdica experiências da vida real, desse modo podem trabalhar suas escolhas e observar as consequências. O jogo funciona como instrumento mediador para avaliar o processo de aprendizagem fazendo com que o indivíduo conheça suas habilidades desse modo auxiliando-o na reinserção social num trabalho concomitante ao de outros profissionais como: psicólogo, psiquiatra, arte-terapeuta, musicoterapeuta, restaurando  a relação aprendente / ensinante ( família, sociedade, emprego, escola) pois, devido a forma de agir  comprometida pelos efeitos das drogas, os usuários não se relacionam bem nem com os ensinantes, nem com os colegas da escola, do local de trabalho e muito menos com a família.

A musicoterapia aliada a psicopedagogia,  pode auxiliar de diversas formas, restabelecendo o equilíbrio emocional, o convívio social, a identidade e melhorando a qualidade de vida.

A musicoterapia e a psicopedagogia na dependência química visa alcançar objetivos terapêuticos como: estimular a memória e a atenção, promover a organização, autonomia e socialização, promover a autoexpressão, proporcionar momentos de prazer e descontração, aumentar a consciência de si mesmo e substituir o interesse das drogas.

A música, brincadeiras de roda, jogos cooperativos visam desenvolver o cognitivo, a organização, expressão e interação. Também cria elos perdidos entre os usuários e sua família, resgata os laços afetivos perdidos e desgastados com a doença da dependência química. Sem falar que os jogos cooperativos promove envolvimento de todos os envolvidos, estimulando o compartilhar e o confiar, criam pontes entre os usuários com sua auto estima, autoaceitação, solidariedade, fortalecendo o desejo de perseverar frente as dificuldades encontrando juntos um caminho para se desenvolver e superar os desafios  das recaídas da dependência química.

Patricia Leuck                                                                                  Nicole Ferrari

Pedagoga/ Psicopedagoga                                                        Musicoterapeuta

Abpp 1049/12                                                                                  AMT- RS 409/2006






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